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domingo, 26 de junho de 2011

Coitadinho o diário é tão mau para ele.

Jardim e o centenário dos Blandys
O que se passou
O Grupo Blandy entendeu festejar o segundo centenário da presença daquela família na Madeira.
Em tal âmbito, dirigiu ao Dr. Alberto João Jardim um convite para comparecer às comemorações.
Alberto João Jardim, coerentemente, entendeu não aceitar, tendo a cortesia de, com discrição, dar satisfação sobre as razões da sua atitude.
No entanto o líder do Grupo Blandy, Michael Blandy, começou a ripostar em público, não apenas nos meios de comunicação social de que é proprietário, mas também noutros do Continente português, para o que contou com os conhecidos “jornalistas”, que odeiam o Presidente do Governo, como se Jardim estivesse obrigado a aceitar os seus convites, como se pudesse repetir, na Madeira democrática e autónoma, a subserviência do poder político ao capital inglês.
Publicamente, na saga maçónica contra o “Jornal da Madeira”, até nem faltou, numa entrevista à agência Lusa, a ameaça de recorrer aos deputados ingleses no Parlamento Europeu, como se ainda estivéssemos no tempo quando qualquer alteração de ordem pública, na Madeira, postava canhoeiras inglesas na baía do Funchal.
O que, hoje, apenas faria rir.
Tais atitudes de Michael Blandy, individualmente já nem sequer um dos mais importantes empresários do arquipélago, justificaram que o visado se sentisse na obrigação de esclarecer a Opinião Pública, não guardando mais o silêncio que pretendia para o caso, mas que Michael Blandy não quis assim.
Desta forma o Dr. Alberto João Jardim facultou-nos o acesso à carta de resposta ao convite dos Blandys, que “Jornal da Madeira” publica na íntegra:
“Funchal, 13 de Junho 2011
Excelentíssimo Senhor Michael Blandy, Ilustre Presidente do Grupo Blandy: Estranho o convite para me associar à celebração do bicentenário do Grupo Blandy na Madeira, mas agradeço a gentileza.
Estranho, porque desde que em 1974, num período muito difícil para a sobrevivência da Liberdade das pessoas e dos seus legítimos Direitos de propriedade, por tudo isto assumi lutar, com os riscos pessoais da época, inclusive aceitando o cargo de director do “Jornal da Madeira”, desde então o Grupo Blandy moveu-me sempre uma hostilidade feroz, principalmente através do “Diário de Notícias” do Funchal, postando-se cúmplice dos que pretendiam e pretendem um regime comunista em Portugal.
Posteriormente, com a Constituição da República Portuguesa de 1976 e desde que passei a ser democraticamente eleito presidente do Governo Regional da Madeira, o Grupo Blandy, até hoje e sempre através dos seus meios de comunicação social, todos os dias move-me e aos meus Governos, ao meu Partido e aos meus Companheiros políticos, uma campanha panfletária, agressiva e pessoal, directa ou indirecta, onde não falta a injúria, a calúnia, a falta de educação, a tentativa de assassinato ético-político.
Tenho, pois, o direito de estar ofendido.
No meu entender, com tais práticas que selvática e injustamente também feriram e ferem muitas pessoas e empresas, às vezes de forma irremediável e pelo menos num caso com consequências trágicas, o Grupo Blandy presta um mau serviço ao Povo Madeirense e é o principal responsável e agente da tentativa de desestabilizar, e mesmo impedir, o necessário Desenvolvimento Integral da Região Autónoma.
Então, nas últimas eleições, a censura e a desinformação praticada, foram um atentado de desinformação da Opinião Pública.
O Grupo Blandy terá os seus motivos. Os quais, nas minhas limitações pessoais, nem todos descortino.
Insisto que estará mal aconselhado e assessorado, o que leva o Grupo a actuar contra Si próprio.
Mas Vossa Excelência terá de compreender que não desisto de ser como sou. Desprendido de interesses e de jogos económicos, independente de qualquer tipo de lóbis, inclusive “sociedades secretas”, e inconformado com as injustiças.
Sobretudo, não abdico dos Valores que moldaram a minha vida, nos quais persistirei porque neles acredito convictamente.
Destes, e para o efeito desta carta, realço a Coerência.
Que me leva a não participar, mas silencioso, nas celebrações de um Grupo como o Vosso que, no meu entender pessoal, quer no passado, quer no presente, nalguns aspectos lesou e lesa o Povo Madeirense.
No entanto, agradeço e guardo o livro que gentilmente me foi enviado, pois considero-o parte do inventário histórico do arquipélago.
Apresento a Vossa Excelência os meus cumprimentos, exprimindo a minha total disponibilidade para o Grupo Blandy, em tudo o que de interesse para o Povo Madeirense.

Respeitosamente
Alberto João Jardim”.
fonte: jornal da Madeita

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