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domingo, 9 de outubro de 2011

Sim até pode ser normal. O que não é normal é a pessoa que transporta esses mesmos eleitores dizerem em quem devem votar.

Jardim considera normal transporte de eleitores

 
 
 
 
Era uma da tarde quando Alberto João Jardim, ao volante do seu Toyota, chegou à Escola Secundária Francisco Franco para exercer o seu direito de voto.
Em mangas de camisa, Jardim não era, contudo, um eleitor qualquer. À sua espera estava um autêntico batalhão de jornalistas.
"Graças a Deus que isto já acabou", desabafou o presidente, que, apesar do suspiro de alívio, foi logo confrontado com o transporte de eleitores através de carros da Empresa de Electricidade, numa situação já considerada grave pela Comissão Nacional de Eleições.
"Quem achar grave que decida. Agora aqui, e devido à dispersão habitacional da Madeira, sempre foi costume colocar carros à disposição das pessoas para exercerem o seu dever cívico. Se não concordam, queixem-se aos tribunais", explicou Jardim, o qual disse ainda ser normal que se propicie a toda a gente que vá votar. O anormal, salientou, é "haver uma Comissão Nacional de Eleições que só serve para gastar dinheiro aos contribuintes".
"O que a Comissão Nacional de Eleições considera para mim vale absolutamente zero", garantiu, questionando os jornalistas sobre se a polícia vai impedir os carros de levarem pessoas que querem votar.
O presidente do Governo lamentou ainda que o regime em Portugal ainda seja socialista e permita "estes truques baixos"
Apesar de tudo, Jardim não considera estas as eleições mais dificéis da sua vida. Pior era quando a democracia em Portugal estava ameaçada. "Nós estamos numa fase que é difícill, porque não é a democracia que está ameaçada, mas é o sistenma político português que está posto em causa, e eu não acredito que os actuais situacionistas do regime consigam aguentar com o que vem aí". Para o chefe do executivo regional, a solução passa sem dúvida por uma democracia, mas com um sistema difernete.
De resto, o presidente do Governo ainda explicou a razão porque não participou em debates e admitiu que estas eleições foram uma espécie de todos contra Jardim.
"Até me sinto feliz por ter provocado o regime e as sociedades secretas que mandam no regime. E sinto-me feliz, porque senti que tive a coragem de enfrentar aqueles que ninguém tem coragem de enfrentar".
E, a par desta certeza, Jardim tem outra: desta vez não vai dizer que se candidata pela última vez.

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